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sábado, 4 de dezembro de 2010

Militante Gay é morto em Mosqueiro

Um morador da ilha de Mosqueiro foi encontrado morto dentro da casa onde morava, ontem de manhã. Objetos da residência de Edmilson de Jesus Ferreira foram roubados e ele estava amordaçado e com as mãos e pés amarrados. A principal hipótese da Polícia Civil é que ele tenha sido asfixiado por algum amante.

A Polícia Militar recebeu denúncia anônima ontem de manhã sobre uma briga na rua Pedreirinha, no bairro do Carananduba, em que uma pessoa parecia ter ficado ferida dentro de casa. Policiais foram ao local e, depois de muito bater à porta, resolveram entrar. No quarto, viram Edmilson de bruços no chão, com os pés amarrados com fio elétrio e as mãos atadas com cordas, além de estar amordaçado com uma toalha na boca, cobrindo também o nariz.

Não havia sinais de arrombamento. O cadeado do portão estava pendurado ao lado da geladeira, dando a ideia de que o assassino era conhecido da vítima e entrou na sua casa com seu consentimento. Contudo, o ambiente estava revirado. 'Fomos informados de briga, mas ao chegarmos, a vizinhança negou saber de alguma coisa assim. Ainda não dá para dizer nada sobre o que ocorreu', fala o cabo Cardoso Silva, da Polícia Militar.

Vizinhança e policiais achavam que Edmilson tivesse sido morto ontem de manhã, mas o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves afastou essa hipótese. Dado ao estado do corpo, o perito criminal Paulo Mendes achou provável que a morte tivesse ocorrido cerca de 24 horas antes.

No corpo não havia sinais de espancamento, facada ou tiros, de acordo com a primeira análise do perito. 'Na autópsia a gente junta todas as informações com o médico legista e chega a uma conclusão definitiva. Até agora, a própria asfixia, mesmo sendo muito mais provável, não pode ser dado como confirmada', pondera Paulo Mendes.

Irmão - Eduardo de Jesus Ferreira, irmão da vítima e também morador de Mosqueiro, conta que Edmilson morou sozinho na ilha nos últimos 15 anos. Não tinha inimigos, tratava todos bem e era querido pela vizinhança, diz Eduardo. Foi professor do Curro Velho, no Núcleo de Artes Cênicas, e era candidato na eleição de hoje para o Conselho Tutelar de Mosqueiro. Ainda segundo Eduardo, a vítima se envolvia em questões comunitárias e era militante do PT, com participação ativa na última campanha eleitoral. 'Era um cara calmo e reservado. Quem fez isso era alguém que ele conhecia e não acho que tenham entrado para roubar', diz o irmão da vítima. Da casa de Edmilson foram levados uma TV de plasma, aparelho de DVD, liquidificador e celular.

Suspeita - O delegado de plantão da Seccional de Mosqueiro, Gustavo Fontenele, foi ao local do crime para levantar as primeiras informações. A suspeita inicial é de que algum homem com quem Edmilson tenha se relacionado tenha cometido latrocínio. 'Pelo que a gente sabe, ele saía com vários rapazes e pode ser que algum deles fosse desocupado ou malandro', explica o delegado. 'A gente investiga as últimas pessoas com quem ele se relacionou e daí já temos alguns suspeitos, mas é precipitado divulgar quem', afirma.

O crime não é dado como latrocínio se o objetivo era o homicídio e o criminoso só aproveitou para roubar pertences. O roubo seguido de morte é apenas se o agressor matou a vítima para roubar os objetos. O caso será presidido pelo delegado de expediente, José Guilherme, junto com o diretor da seccional, Armando Mourão.

Fonte: Amazônia Jornal

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