Sempre acreditei ser melhor não “misturar” vida profissional com vida pessoal. Um chavão, sim, mas que pondero ser a absoluta isenção impossível. No que fosse possível, ali eu estaria. Assim, posso dizer, com segurança, que estou ainda mais orgulhosa da minha amiga e ótima profissional Symmy Larrat, por sua nomeação, publicada hoje no Diário Oficial da União, como coordenadora na Coordenação-Geral de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos.
É bom que o Pará tenha representantes em espaços decisórios e executivos, já que tradicionalmente ficamos excluídos deles e - talvez por isso mesmo ou como mais um sintoma do apartheid social brasileiro – de suas respectivas políticas públicas. No entanto, não basta termos representantes “geográficos” nestes espaços. É fundamental que cada representante seja voz de uma necessidade social, onde quer que ela esteja territorialmente. Esse talvez seja o nó da questão: uma necessidade que esbarra nos limites do ser humano, como já citei, referindo-me a mim mesma, ao abrir este post.
A Symmy Larrat, que conheci na década de 1990 como Marcelo, estudante de comunicação da UFPA, sempre se mostrou uma pessoa dedicada e responsável academicamente; e cada vez com sensibilidade mais apurada no que se refere aos direitos humanos e, em especial, no combate à homofobia. Como colega de trabalho, posteriormente, ela se mostrou isso mesmo que sempre me pareceu e ainda dotada de uma generosidade comovente, que eu até então desconhecia.
Fica minha provocação. Vai minha saudação e, acima de tudo, meus votos de boa sorte à Symmy Larrat, que, mesmo nomeada na área de Direitos Humanos, não pode desfrutar de ler o nome que deseja em seu mais novo posto de atuação.
Fonte: Postado por Erika Morhy http://blogflanar.blogspot.com.br/